Pesquisar
Close this search box.

BLOG RACE

Tudo que você precisa saber quando o assunto é Comunicação!

Sistema de Comunicação Interna

Por Luiz Gaulia Como iniciar um trabalho estratégico e significativo de comunicação interna na sua empresa? Eu desenvolvi um modelo, fruto das minhas aulas na Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro …

Novos caminhos para o PR e o profissional de comunicação

O comunicador focado em comunicação empresarial, PR ou apenas em relacionamento com imprensa tem sempre o desafio de trabalhar com um produto não tangível. Como vender ao seu cliente a …

Arte: comunicação como ferramenta estratégica para atingir o público

Por Amanda Lima Que o mercado cultural é um universo extremamente competitivo, estamos cansados de saber. Isso resulta, é claro, em uma série de desafios a serem enfrentados por produtores de …
Como agravar uma crise por meio das redes sociais

Como agravar uma crise por meio das redes sociais

Saiba o que NÃO fazer, a partir do caso da rede de hipermercados Carrefour Em um dia, o post da promoção no setor de hortifrúti nas redes sociais mostra pouco …

Media training: importante para conter crises e para que crises não sejam geradas

Por Vanessa Assis A imagem da empresa é algo tão importante quanto sensível, e representá-la significa ser o “guardião” de sua boa reputação, tarefa que pode não ser tão simples, …

Consultoria de comunicação

Por Rogério Artoni

Encarar mudanças é sempre muito difícil, mais ainda para as companhias. Se algo não está indo bem, considerar que uma empresa está indo no rumo errado já é um primeiro passo para essa mudança – por vezes, com o apoio de uma consultoria de comunicação.

Normalmente as áreas de comunicação institucional ou empresarial das empresas apostam alto numa troca de posicionamento. Essa alteração na forma como uma companhia se comunica com seus públicos normalmente é feita por uma consultoria de comunicação, mas sempre em parceria com a própria empresa. Essas consultorias de comunicação (como a própria Race Comunicação) são as responsáveis pela elaboração de um plano que traça esse novo caminho.

Normalmente um plano de comunicação determina, através de pesquisas e análises, quais são os públicos-alvo, objetivos de comunicação, social e buyer personas, determina como se comunicar com esses públicos, de que forma, em que tom, determina metas, traça estratégias, refaz o brand book, repensa toda a comunicação da empresa, seja ela direcionada para o público interno ou externo.

Entenda a seguir porque chamar uma consultoria de comunicação pode ser estratégico para sua empresa se você está enfrentando problemas ou um momento de estagnação, e como entender se o trabalho desenvolvido está trazendo os resultados almejados.

Por que uma consultoria de comunicação?

Fazer uma comunicação integrada é fundamental e uma consultoria de comunicação pode ajudar muito a integrar o marketing digital e o inbound marketing, o endomarketing, as ações de marketing, a comunicação interna, a gestão das redes sociais e a assessoria de imprensa, entre outras ferramentas utilizadas pela comunicação de uma empresa.

Mas tudo isso precisa ser mensurado e uma consultoria de comunicação também precisa ser medida. Então, entender se uma consultoria trouxe mesmo os resultados esperados é um caminho necessário para poder comprovar a eficácia e a eficiência das mudanças.

Em quais métricas se basear?

Uma infinidade de dados está à disposição das equipes de comunicação – número de curtidas, seguidores, visualizações, cliques, comentários… São tantos que, sem experiência e foco, o profissional pode e perder e não saber apontar o que é mais relevante para o cliente naquele momento específico, de acordo com o canal utilizado.

O trabalho de consultoria pode se apoiar nas métricas de cada uma das ferramentas já utilizadas. Ou seja, se a assessoria de imprensa já tem suas métricas, elas serão uma base para medir a mudança sugerida pela consultoria. Se inbound já tem suas formas de medir, elas serão usadas também na consultoria.

O que é importante comparar?

Se você não tem um retrato fiel de como as coisas estavam antes da consultoria iniciar seus trabalhos… pode ser que você não tenha material para comparar depois! Isso pode atrapalhar se você quiser entender o que não estava funcionando e quais mudanças foram bem-vindas na comunicação de sua empresa.

Depois das alterações serem colocadas em prática, novas pesquisas podem ser o melhor caminho para se medir os trabalhos de consultorias, mas para se ter parâmetros se faz é necessário elaborar pesquisas prévias ou ter dados antes de iniciar o trabalho de consultoria e ter dados para uma possível comparação entre o “antes” e o “depois”.

Fazer pesquisas de clima, avaliação de desempenho da comunicação da empresa, focus group, pesquisas de profundidade, avaliação os veículos de comunicação da empresa, media audit; existem várias formas de se analisar se a consultoria de comunicação está sendo eficaz e trazendo os resultados que se espera.

Caso sua empresa esteja precisando de uma consultoria de comunicação ou mesmo medir os resultados em comunicação, entre em contato com a equipe da Race Comunicação e saiba como podemos ajudar.

Por Maira Manesco

Toda menina sabe que precisa ser destemida, principalmente, quando estiver frente a frente de um touro em disparada. Esse é o caso da Fearless Girl, que desde 2017 está localizada em frente ao Charging Bull, símbolo do mercado financeiro norte-americano, em Nova York. A estátua em bronze desenvolvida pela artista Kristen Visbal é resultado de um projeto idealizado pela McCann Nova York, a arte foi encomendada pela State Street Capital.

Desde quando surgiu, a Fearless Girl tornou-se símbolo de fortalecimento e resiliência feminina, denunciando principalmente a falta de diversidade no mundo corporativo. O objetivo da ação foi justamente esse, incentivar a presença de mulheres em posição de liderança, destacando que empresas lideradas por mulheres têm melhores desempenhos.

Não para menos, essa história já foi reconhecida em importantes prêmios de relações públicas ao redor do mundo, conquistando 18 prêmios no prestigiado Festival Internacional de Cannes, incluindo quatro grandes honras do Grande Prêmio. Durante as premiações, o corpo de jurados não foi simplista ao definir a obra e toda sua estratégia: forte, marcante, empoderado, emocionante. Os adjetivos são inúmeros e positivos, o que arremata a grata importância de uma estátua como essa.

Além das premiações, a Fearless Girl obteve alto engajamento nas mídias¹:

  • Mais de um bilhão de impressões do Twitter em menos de 12 horas;
  • 405 milhões de impressões no Instagram em seis semanas;
  • Mais de 4 mil notícias transmitidas nos Estados Unidos;
  • 128 países atingidos, com conversão principal nos mercados financeiros, de inovação, liderança e justiça social.

WALK THE TALK

Exatamente como o termo em inglês: caminhe de acordo com o que você diz!

Foi neste ponto que a State Street Corp falhou. Após toda repercussão positiva envolvendo a Fearless Girl, a empresa foi obrigada a pagar US$ 5 milhões por questões de desigualdade salarial.

De acordo com a Bloomberg, em uma auditoria realizada pelo Escritório de Programas de Cumprimento de Contratos Federais do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, foram encontradas discrepâncias salariais entre 300 mulheres e 15 funcionários negros que receberam menos do que seus homólogos brancos e masculinos.

No entanto, a empresa nega as reivindicações e diz que estão resolvendo esses assuntos.

¹ Blog RP

* Maira Manesco é Assessora de Imprensa na Race Comunicação.

Ficou interessado sobre o assunto? Clique aqui e veja mais informações sobre esse e outros serviços oferecidos pela Race Comunicação.

Branded content

Por Rogério Artoni

A maioria das empresas e organizações gostariam de aparecer mais na mídia (em contextos positivo, é claro). Porém, isso pode ser mais difícil do que parece. Se você, como empresa, não tem uma história para contar que seja de interesse do público da mídia em questão, sua história não será publicada. Não importa o quão bom seu time de assessoria de imprensa seja. Um conteúdo que não é de interesse continuará um conteúdo que não é de interesse.

Então, o que fazer numa situação como essa? Você tem uma história que quer publicar, uma informação que quer compartilhar com potenciais clientes e outros grupos de interesse, mas não tem ninguém que queira publicar. A solução é mais simples do que você imagina – compre espaço.

Muitas empresas, se não todas, são familiarizadas com mídia paga em forma de propaganda de produtos ou serviços. Porém, essa não é a única forma que mídia paga possa ser utilizada. Ela também pode ser usada no formato de publieditorial (um tipo de artigo pago), branded content ou criando propagandas que promovem a empresa em si, utilizando informações institucionais, ao invés de apenas promover produtos ou serviços da empresa.

Usar diferentes tipos de mídia, e não apenas um, é uma estratégia excelente para impactar seus públicos alvos. De preferência, você deve usar o que por muitos é conhecido como comunicação 360º, ou PESO paid media (paga), earned media (ganha), shared media (compartilhada), owned media (própria). Quando você consegue usar todos esses quatro tipos de mídia, ou pelo menos mais que um deles, você tem melhores chances de alcançar seu público e impactá-lo com a sua mensagem em situações, momentos e contextos diversos. Dessa forma, você aumenta a exposição do seu público a sua mensagem.

Por esse motivo, é importante que as empresas aprendam a usar esses tipos de mídia diferentes de forma eficiente, incluindo a mídia paga. Como foi mencionado antes, mídia paga (posts impulsionados em redes sociais, propaganda de TV, propaganda e publieditoriais em revistas e jornais etc) pode ser uma excelente alternativa, ou complemento, quando não tem uma história interessante o suficiente por si só, para ganhar espaço em mídia ganha. Além disso, mídia paga também tem a vantagem de te dar 100% do controle sobre o conteúdo e sobre onde e quando esse será publicado.

Claro, conteúdo pago não gera a mesma credibilidade que conteúdo editorial. No entanto, focando em informações institucionais (ao invés de em produtos e serviços) e usando um tom mais informativo, você tem uma chance boa de ganhar credibilidade também através da mídia paga. Um outro tipo de conteúdo que pode ser utilizado, especialmente em publieditoriais, é conteúdo que não trata diretamente sobre sua empresa, mas sobre um assunto relacionado. Ou seja, você produz um conteúdo que é relevante para seu público, em nome da empresa. Dessa forma, a marca aparece como uma fonte confiável para assuntos de interesse do seu público-alvo, e automaticamente ganha credibilidade, mesmo através de mídia paga.

Por João Pedro Andrade

O YouTube está em meio a uma crise de colaboradores. A plataforma, na contramão do sucesso, tem decepcionado seus criadores de conteúdo, visto que o sistema de monetização utilizado pela plataforma já não é tão rentável quanto no passado. Nesse cenário, nasce o IGTV – a sigla de Instagram TV -, uma articulação engenhosa de Mark Zuckerberg para trazer uma nova plataforma de conteúdo audiovisual online.

Se trata de uma nova ferramenta do Instagram, em que o usuário pode criar vídeos maiores do que os 15 segundos normalmente habilitados pelo stories e o minuto disponível na timeline. O usuário comum pode produzir um vídeo de até 10 minutos através dessa nova função. E alguns usuários de maior impacto, como influenciadores digitais e grandes marcas, tem a possibilidade de criar materiais de até uma hora. A expectativa é que, no futuro, todos os usuários tenham o mesmo espaço disponível de criação.

Em face de novas plataformas, é importante que quem atua com produção de conteúdo para empresas (como é o caso da própria Race Comunicação) saiba tirar o maior proveito para o seu negócio. Empresas como Nike, Netflix e Gucci já arregaçaram as mangas e tem experimentado a plataforma, disponível ao público desde o dia 20 de junho, para publicar de pequenas brincadeiras (como o vídeo de 60 minutos com o ator Cole Sprouse, da série americana Riverdale, comendo hambúrgueres) a grandes produções (como a animação promovida pela Nike com o jogador português Cristiano Ronaldo).

No entanto, antes de testar a plataforma, é importante lembrar que, diferentemente de sites de vídeo como YoutTube ou Facebook, a IGTV foi desenvolvida exclusivamente para uso mobile – o que significa que o conteúdo em vídeo é disponibilizado de modo vertical. Então, não, o usuário não poderá simplesmente migrar os materiais audiovisuais que já tinha no Youtube para a IGTV. O formato é outro. Caso ainda não esteja habituado ao Instagram Stories, também pode ser interessante se familiarizar com esse universo antes de mergulhar na IGTV.

No entanto, uma vez inteirado sobre as funcionalidades da novidade, existem muitas possibilidades de utilização para fortalecer sua marca e a comunicação interna e externa da sua empresa.

Vídeos com demonstrações de produtos são, por exemplo, uma possibilidade – demonstrar a utilização do item, suas facilidades ou, até mesmo, treinamentos que ensinem o consumidor as melhores maneiras de usar aquilo que você oferece. Vídeos de unboxing já são grandes sucessos nas redes sociais e demonstrações em primeira mão de produtos que ainda não chegaram às prateleiras podem ser uma fórmula de sucesso para cativar o consumidor que aprecia seus produtos.

Marcas de produtos alimentícios poderão postar receitas inteiras, com passo a passo detalhados, na rede social. Quem trabalha com produtos de beleza poderá postar tutoriais de cabelo ou maquiagem, por exemplo. Até mesmo artistas poderão mostrar suas novas peças, seja um quadro, um design para tatuagens, ou uma música, em primeira mão para seu público – e ainda por cima, receber feedback de quem mais interessa em poucos minutos.

Atualmente, a plataforma ainda não permite a postagem de material publicitário, porém, com a crescente popularização do Instagram, é possível que essa realidade mude logo –  o que irá viabilizar um mundo de possibilidades. O primeiro passo deverá ser o mais complicado, por isso, é importante dá-lo e começar a pesquisar como a IGTV pode melhor servir ao seu negócio logo de uma vez.

Por Vanessa Assis

Há tempos o comércio vem notando que o comportamento do consumidor mudou. O cliente, que antes era atingido de forma massificada por propagandas feitas para muitos, agora espera ofertas e atendimento personalizados. Boa parte das empresas, por sua vez, optaram por utilizar plataformas e-commerce e mídias sociais para estreitar esse relacionamento com o seu público.

De acordo com os dados da We Are Social para o ano de 2018, o Brasil possui 130 milhões de usuários de mídias sociais, o que corresponde a 62% da população, ou seja, o uso de ferramentas de divulgação e atendimento via mídias sociais (como o SAC 2.0) tende a ter grande impacto. A questão é: Em um ambiente tão cheio de informações, quais os principais objetivos que as empresas devem ter em mente para alcançar a audiência desejada?

Antes de falarmos sobre isto, vale termos lembrar alguns números sobre os motivos pelos quais as empresas utilizam as redes sociais. De acordo com pesquisa realizada pela Social Media Trends 2018, 85,3% buscam visibilidade online, 64,8% querem interagir com o público, 13,6% utilizam porque o concorrente usa e 1,8% não tem um motivo específico.

Visto isto, é importante destacar que um dos principais objetivos que as empresas devem ter mente para relacionar o seu e-commerce com as mídias sociais é a relevância. Devem ser feitos questionamento, como: O seu produto é destinado àquele público? Qual o diferencial para que haja visibilidade de sua marca naquele ambiente?

Respondidas estas perguntas, é necessário que as empresas tenham muito bem definidas as personas delas, para saber que tipo de linguagem é mais adequada para estas pessoas. Não adianta, por exemplo, uma empresa utilizar uma linguagem formal numa rede social com um público jovem e “descolado”.

Além disto, o conteúdo publicado nas mídias sociais deve ser estimulante e gerar discussões entre os próprios usuários, afinal, a empresa que busca esse tipo de relacionamento não deve querer mais a divulgação de conteúdo “de um para todos”, e sim de conteúdo que gere interações e a possibilidade de o consumidor participar do diálogo.

E talvez o principal, é necessário que o atendimento seja rápido. Quem busca atendimento através de plataformas em mídias sociais quer soluções imediatas. Então é importante ter em mente que a empresa deve estar preparada para a urgência que esse meio demanda. É claro que a maioria das empresas não funcionam 24 horas por dia, mas deixar claro o horário de atendimento na plataforma e buscar o mínimo de tempo de espera para um atendimento é fundamental para que se crie um bom relacionamento com o cliente.

Race-Comunicação_Gerenciamento-de-crise_Desastre-de-Bhopal

O dia 03 de dezembro de 1984, para muitos, pode ter sido somente mais um dia. Mas ficaria para sempre marcado na história da empresa norte-americana Union Carbide, seus porta-vozes e os milhares de cidadãos de Bhopal, capital do estado de Madhya Pradesh, na Índia, como o Desastre de Bhopal.

Naquela noite de segunda-feira, as válvulas do tanque de gás da fábrica de pesticidas da cidade estouraram, o que ocasionou um terrível vazamento de 40 toneladas de metilisocianato – um gás extremamente venenoso. Centenas de pessoas morreram durante o sono, e outras milhares morreram na manhã seguinte, antes que pudessem conseguir socorro no superlotados hospitais locais. Ao longo das semanas seguintes, foram mais de 10 mil mortes contabilizadas e mais de 150 mil pessoas afetadas – dentre as quais 50 mil se tornaram invalidas para trabalhar.

Por si só, esse já é um cenário horripilante. No entanto, o modo como a comunicação da Union Carbide lidou com o ocorrido transformou uma situação péssima em insustentável.

Em meio a esse cenário, soma-se o fato que a fábrica sofreu, desde sua inauguração, diversos cortes de gastos – o que envolvia manutenção de equipamentos e treinamento de funcionários – um processo de dois anos que foi resumido a um mês. A falta de treinamento não permitiu que os funcionários percebessem a gravidade da situação, que inclusive fizeram um intervalo para o chá após o vazamento.

Warren Anderson, CEO da Union Carbide, ao tomar conhecimento da situação e após sofrer pressão por parte da classe empresarial americana, tomou um avião com destino a Índia para assistir as vítimas e os negócios. No entanto, logo no desembarque, Anderson foi levado a prisão, onde os gerentes da fábrica já estavam encarcerados. Solto mediante pagamento de fiança, o CEO foi aconselhado a deixar a Índia imediatamente para sua própria segurança.

Tal como a visita de um presidente a uma cena de desastre, a visita de Warren Anderson não geraria novos dados para a resolução prática do caso. No entanto, ela seria de grande importância para não reforçar a ideia que a Union Carbide é uma empresa altamente focada em lucro e pouco interessada no material humano que movimenta seu negócio.

Desde o momento do acidente, todos os repórteres e jornalistas tiveram sua entrada proibida na sede da empresa em Connecticut. E o que começou com cerca de 12 repórteres, até o momento do retorno de Warren Anderson aos Estados Unidos, logo se tornou mais de uma centena.

Uma coletiva de imprensa foi organizada no Hotel Hilton, próximo a sede. O advogado Jackson Browning foi escalado como porta-voz e atendeu os jornalistas com respostas confiantes e amigáveis – e ignorou aqueles que lhe direcionavam perguntas mais capciosas.

A companhia se recusou a assumir responsabilidade pelo ocorrido. No lugar disso, escolheu culpar publicamente grupos terroristas indianos pela explosão. Em face de argumentos insustentáveis, a posição seguinte da empresa foi responsabilizar um de seus funcionários, acusando-o de sabotagem. Um processo nos EUA foi aberto e vencido pela empresa com esse argumento. No entanto, a empresa optou por jamais abrir um processo na Índia e não teve coragem de enfrenta a justiça local no caso.

Por fim, apesar de hoje sabermos que o produto químico que estava matando a população era metilisocianato, na ocasião a empresa se recusou a fornecer informações quanto ao conteúdo contaminante de seus pesticidas, o que impossibilitou que as equipes médicas da região pudessem tratar os pacientes de maneira mais eficiente. A empresa também se recusou a fornecer dados técnicos sobre a fabricação e manutenção do pesticida que produziam.

Analisando o caso, é possível encontrar diversos erros de comunicação por parte da empresa – seja na comunicação interna, como a falta de estrutura de treinamento fornecida para os funcionários indianos, seja no relacionamento com a imprensa, como o não fornecimento de informações. É importante ressaltar que, mesmo em momentos de crise, lidar com a imprensa é um ponto crucial para a imagem pública de uma corporação. Afinal, os jornalistas irão escrever sobre o caso de qualquer maneira, então melhor que seja com as informações oficiais.

Este conteúdo é uma colaboração de João Pedro Andrade

Consultoria de comunicação

Medindo resultados em uma consultoria de comunicação

Por Rogério Artoni Encarar mudanças é sempre muito difícil, mais ainda para as companhias. Se algo não está indo bem, considerar que uma empresa está indo no rumo errado já é um primeiro passo para essa mudança – por vezes, com o apoio de uma consultoria de comunicação. Normalmente as áreas de comunicação institucional ou empresarial das empresas apostam alto numa troca de posicionamento. Essa alteração na forma como uma companhia se comunica com seus

Leia mais »

O mundo corporativo precisa de mulheres destemidas (Case Fearless Girl)

Por Maira Manesco Toda menina sabe que precisa ser destemida, principalmente, quando estiver frente a frente de um touro em disparada. Esse é o caso da Fearless Girl, que desde 2017 está localizada em frente ao Charging Bull, símbolo do mercado financeiro norte-americano, em Nova York. A estátua em bronze desenvolvida pela artista Kristen Visbal é resultado de um projeto idealizado pela McCann Nova York, a arte foi encomendada pela State Street Capital. Desde quando

Leia mais »
Branded content

Branded content, uma ferramenta ainda desconhecida

Por Rogério Artoni A maioria das empresas e organizações gostariam de aparecer mais na mídia (em contextos positivo, é claro). Porém, isso pode ser mais difícil do que parece. Se você, como empresa, não tem uma história para contar que seja de interesse do público da mídia em questão, sua história não será publicada. Não importa o quão bom seu time de assessoria de imprensa seja. Um conteúdo que não é de interesse continuará um

Leia mais »

O que é a IGTV e como ela pode ajudar seu negócio?

Por João Pedro Andrade O YouTube está em meio a uma crise de colaboradores. A plataforma, na contramão do sucesso, tem decepcionado seus criadores de conteúdo, visto que o sistema de monetização utilizado pela plataforma já não é tão rentável quanto no passado. Nesse cenário, nasce o IGTV – a sigla de Instagram TV -, uma articulação engenhosa de Mark Zuckerberg para trazer uma nova plataforma de conteúdo audiovisual online. Se trata de uma nova

Leia mais »

O uso das mídias sociais para o e-commerce

Por Vanessa Assis Há tempos o comércio vem notando que o comportamento do consumidor mudou. O cliente, que antes era atingido de forma massificada por propagandas feitas para muitos, agora espera ofertas e atendimento personalizados. Boa parte das empresas, por sua vez, optaram por utilizar plataformas e-commerce e mídias sociais para estreitar esse relacionamento com o seu público. De acordo com os dados da We Are Social para o ano de 2018, o Brasil possui

Leia mais »
Race-Comunicação_Gerenciamento-de-crise_Desastre-de-Bhopal

Gerenciamento de crise: Desastre de Bhopal

O dia 03 de dezembro de 1984, para muitos, pode ter sido somente mais um dia. Mas ficaria para sempre marcado na história da empresa norte-americana Union Carbide, seus porta-vozes e os milhares de cidadãos de Bhopal, capital do estado de Madhya Pradesh, na Índia, como o Desastre de Bhopal. Naquela noite de segunda-feira, as válvulas do tanque de gás da fábrica de pesticidas da cidade estouraram, o que ocasionou um terrível vazamento de 40

Leia mais »