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Race entrevista: Eduardo Prado, influenciador digital

Por Evelyn Spada

Ele é um fenômeno da internet com apenas 17 anos de idade. Com mais de 360 mil seguidores no Instagram, o paulistano Eduardo Prado é o entrevistado de hoje do blog da Race. O ex-participante do MasterChef Júnior, programa culinário internacionalmente reconhecido e transmitido pela Rede Bandeirantes de Televisão, começou a cozinhar com seis anos de idade e hoje faz parte da nova geração de influenciadores digitais.

Seu canal no Youtube, Eduardo Prado, com 134 mil inscritos, ensina diversas receitas e reúne diversos tipos de conteúdos, que vão desde aulas básicas de edição de fotos até curiosidades como “o que é umami”. A descrição do canal explica muito bem o perfil do Edu: “Extrovertido, gosta de cozinhar receitas complexas, com muitas técnicas e desafios variados”.

A linguagem dos posts e vídeos são diretas e espontâneas, e as imagens e edições são muito bem produzidas. No Instagram, ele fala do seu cotidiano com muito bom humor. Pode parecer um mundo virtual, mas a fama é muito mais real do que se imagina. Quer mais? Então é só conferir o bate-papo com esse verdadeiro fenômeno da web.

Para acompanhar o Edu Prado:
Facebook: https://www.facebook.com/edpradooficial
Twitter: https://twitter.com/edpradooficial
Instagram: https://www.instagram.com/ed.prado/
Musical.ly: @ed.prado

Race: Após sua participação no MasterChef Júnior, você já pensava em se tornar um influenciador digital? Como aconteceu?

Eduardo Prado: Eu sempre tive vontade de trabalhar com as mídias sociais. Desde criança assistia youtubers e via que a influência que eles possuem pode transformar o mundo. Eu nunca planejei chegar onde cheguei, todavia acredito que o esforço constante em alimentar as redes sociais e me manter ativo teve resultado de modo orgânico. Mas foi um crescimento não imaginado.

Hoje encaro as redes sociais como negócio, tenho metas e planejamento para o crescimento de cada canal, seja Youtube ou Instagram. Penso nas ações como o meu próprio negócio. Tenho dias para os compromissos, como o dia de gravar, reuniões com parceiros para ações, estratégia de divulgação na imprensa etc.

RC: Como se tornar um influenciador digital mudou sua rotina?

EP: Atualmente, estou cursando o último ano escolar, e somada à loucura da escola, provas, vestibular e a pressão de entrar na faculdade desejada, está a agenda cheia de ser influenciador: presença em eventos, postar fotos diariamente, mostrar parte da minha vida nos stories, e quando não tem nada de interessante para mostrar, é necessário criar algo para manter minha audiência ativa, podendo ser, por exemplo, uma live descontraída.

Ou seja, minha vida que já era corrida passou a ser uma maratona. Mas não abro mão disso porque ser influenciador é um negócio e como todo negócio exige dedicação e planejamento.

RC: Você pretende seguir essa carreira?

EP: Apesar de todo esforço para manutenção das redes, gosto muito do que faço e nesse momento continuaria. Mas penso em futuramente ter um empreendimento voltado para o segmento de sorvete, que é minha grande paixão.

RC: Como funciona a relação constante com as marcas?

EP: Sou muito convidado para eventos e contratado para ações nas redes sociais com posts patrocinados e stories de marcas que desejam ver seu nome atrelado ao perfil dos meus seguidores. Tenho hoje uma agência que cuida de toda a negociação relacionada a minha imagem com as marcas e na imprensa, que é VeCComm Digital Agency.

E também foi necessário investir numa estrutura para que pudesse alcançar qualidade nos vídeos. Quando a gente alcança um número alto de seguidores, as demandas aumentam e aí precisamos contar com parceiros para oferecer uma relação e conteúdos mais profissional, o que também me libera um pouco e ajuda a ter mais tempo para outras ações.

RC: Quais são os principais desafios enfrentados como profissional do segmento?

EP: O principal desafio é, sem dúvida, o tempo, e o estresse que a falta de tempo causa, para isso eu sempre procuro ter um tempo de ócio semanalmente para relaxar e não pensar ou fazer nada.

RC: O que significa pra você ser um influenciador?

EP: Para mim, influenciador é mais que uma pessoa com seguidores, é, alguém que possui uma plataforma de transformação, que pode, como o próprio nome diz, influenciar pessoas em relações as suas escolhas e convicções. E isso é uma grande responsabilidade. Do outro lado da telinha do celular estão pessoas, seres humanos.

RC: Como as marcas podem melhorar o relacionamento com os influenciadores?

EP: Acredito que para melhorar o relacionamento das marcas com os influenciadores é necessário o amadurecimento do mercado, já que é um segmento muito novo. E os dois lados precisam amadurecer, tanto a maneira como as marcas valorizam o influenciador quanto a maneira que este faz a entrega, ou seja, o influenciador deve cumprir tudo o que está no contrato (aliás, sempre fazer contrato!), ser responsável com prazos e com o que foi acertado.

Ao final de um job, mostrar o resultado, apresentar relatório. Criar uma relação profissional mesmo. E, se possível, entregar mais do que o combinado. Isso pode ser uma estratégia para conquistar a marca e os dois lados ganham!

RC: O que você leva em consideração quando vai escolher ou fechar parceria com empresas?

EP: Ao receber uma proposta meu primeiro questionamento é: “faz parte da mensagem que quero passar aos meus seguidores?”, se sim, vou fazer de tudo para conseguir o trabalho. Se não, farei a seguinte pergunta: “Fazer essa campanha prejudicará aquela mensagem?”. Não prejudicando e tendo relação comigo, penso na possibilidade de formar uma parceria.

RC: Como mensurar o sucesso de uma ação?

EP: Mais que os números, para mim, o sucesso de uma ação depende da repercussão que ela tem entre os seguidores, ou seja, como a ação é recebida e comentada entre o público, qual o engajamento que teve como resultado.

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