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O Dia Internacional da Mulher já nasceu como um dia de luta por direitos, por melhores condições de vida e, apesar de conquistas e avanços, esse dia ainda é sobre isso. 

Podemos celebrar o Dia Internacional da Mulher?

Por Priscila Santana

O Dia Internacional da Mulher já nasceu como um dia de luta por direitos, por melhores condições de vida e, apesar de conquistas e avanços, esse dia ainda é sobre isso. 

É sobre os desafios contínuos que enfrentamos diariamente em uma sociedade profundamente enraizada na desigualdade de gênero. Somos confrontadas com obstáculos sistêmicos que minam nossas oportunidades, nossa dignidade e nossa segurança.

Você sabia que até 1932 a mulher não podia votar? 

Sabia que só em 1977 foi concedido à mulher o direito de se divorciar? 

Sabia que a primeira Delegacia da Mulher foi aberta só em 1985? 

E o que dizer sobre as leis a seguir terem sido sancionadas só depois dos anos 2000: Lei Maria da Penha (2006), Lei do Feminicídio (2015) e a Lei da Igualdade Salarial (2023)?

Parece surreal, mas são dados reais

Ainda nos encontramos em uma realidade na qual as mulheres são sub-representadas em cargos de liderança e enfrentam discriminação em diversos aspectos da vida cotidiana e que a violência de gênero continua sendo uma epidemia global, com milhões de mulheres sendo vítimas de abuso físico, sexual e emocional todos os anos. 

É essencial reconhecer ainda que as interseccionalidades de raça, classe, orientação sexual e identidade de gênero complicam ainda mais os desafios enfrentados por mulheres marginalizadas. As mulheres negras, indígenas, transgênero e de outras comunidades marginalizadas enfrentam múltiplas formas de opressão, resultando em disparidades ainda maiores em termos de acesso a oportunidades e justiça.

Podemos celebrar o Dia Internacional da Mulher? 

A resposta é: sim, desde que exista o comprometimento não apenas com a celebração, mas também com a ação. É urgente que todos, todas e todes tracemos como objetivo trabalhar e contribuir para criar um mundo onde TODAS as mulheres possam viver com dignidade, segurança e com igualdade de oportunidades. Isso exige uma mudança fundamental nas instituições, leis, na comunidade e até em nossas famílias.

Uma reflexão válida é se perguntar: o que estou fazendo (ou posso fazer) para contribuir para a construção de um futuro no qual as mulheres não apenas sobrevivam, mas vivam e prosperem verdadeiramente? 

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